"Eu não sei, mas sei qual é o desafio. Vamos nos converter em uma triste caricatura do norte do mundo e repetir os horrores da sociedade de consumo, que está devorando o planeta? Ou vamos gerar um mundo diferente? Vamos ser como eles? Vamos ser violentos e crer que estamos condenados à guerra incessante? Ou vamos oferecer ao mundo um mundo diferente? Esse é o desafio que está apresentado. Hoje, somos, na verdade, caricaturas bastante tristes de modos de vida que nos impõem de fora E somos governados por sistemas de poder que cada dia nos convencem de que não há virtude maior do que a do papagaio e de que não há habilidade comparável à do macaco. O papagaio, o macaco, os que imitam. Os ecos de vozes alheias".
GALEANO,Eduardo.Trecho do documentário 'Encontro com Milton Santos', dirigido por Silvio Tendler.
Se o objetivo for resumir em um check list, então nem vale a pena começar. Gosto muito da vida para querer abreviá-la mais do que já é. Peço hoje e a quem eu possa vir a ser que não me peça o resumo, pois não sei fazê-lo. Estou cansado de ligações efêmeras e me incomodo com histórias contadas pela metade. Além disso, não gosto de ter pouco tempo para escutar como se fosse um check-in.Quero uma versão longa para que eu saiba de onde vem, como você ver e o que sente e o que não sente. Se for para ser resumido no check-out, não me chame, pois tudo ficará superficial e não sei viver assim.
@sempre-poesiaa teu sorriso
tem uma
Poesia
que faz
minha alma
dançar
Enebriar
Meus olhos brilhar
Já não sei o que faço
Todo o meu viver só faz resplandescer
Nesse transcender
Não posso e não dar para esconder.
Não é sua responsabilidade fazer com que a pessoa melhore ou não. Você não pode determinar o resultado. No entanto, você pode decidir não se afundar com essa pessoa e viver em função de um caso perdido. Não perca sua vida tentando salvar outra pessoa e se perdendo no processo, sem possibilidade de retorno.
Atraio o encanto. A chama. A carne. Meu corpo flutua desperto, acanhado e suspeito. Meio em desespero e ileso - pelado em mim mesmo - a pele descalça. Repouso. Leve. Em lençóis sórdidos de amor. Sem peso, não sobrou mais nenhum blefe. Arrisquei por um triz, e acabei rabiscando o fim. Atirei e me perdi. Pedi à piedade. Não há verdade no espelho. Quem sou eu no reflexo do outro? Quem me causa o efeito? O imperfeito é a causa, o acaso e o erro. Não me acuse por ser feito de falta. Por ser sujeito de palavras, eu não tenho palavra. Despejo todas no cinzeiro da sala. Atrelo-me à presença da presa. Solto a fera em palcos feridos. Esqueço-me das promessas tangíveis e inatingíveis. Escondo-me na coxia do espetáculo de aplauso falso e fácil. A luz se apaga. Tudo se acaba. Só me restam os resquícios da sobra. Uma alegria fosca. O limbo e o cheiro da fauna. A flora dos poros. O cheiro no pescoço. Os lençóis empoeirados. Os véus se desapegam da plateia. Bem nos holofotes, estão os fracos. Os fortes estão no cotidiano. Os corpos e seus copos na mesa. O silêncio após o show. Os pássaros sem suas asas. As flores sem esporos. Escoro-me na escória do que sou e se eu sou, então quem és tu? O esgoto da cidade me esgota. O agora é tudo que eu tenho. O desapego é o remate, o começo e meu único meio de chegar a outro fim que nunca vem por que vou muito além daquilo mesmo.
Quando se deseja o bem-estar de alguém, é necessário estar bem consigo mesmo. Não é preciso se anular para que isso aconteça. Isso é o mínimo de reciprocidade saudável. Quando se tenta controlar as decisões, sentimentos, emoções e atitudes dos outros, perde-se o controle de si mesmo e da própria vida, sem que isso leve a lugar algum, a não ser à própria ruína. Viver de acordo com o que a outra pessoa quer é insensato. Pensar em manter as coisas como estão na esperança de que tudo se resolverá só vai piorar a situação. E é possível que a outra pessoa nem se importe com você, pois ela só pensa em si mesma. Você já tem provas suficientes para perceber isso, enquanto se preocupa desnecessariamente e se martiriza por um relacionamento que já acabou e você ainda não percebeu que sua vida está se esvaindo junto com ele.
Essa cultura do "esperto é aquele que ver brechas e com isso leva vantagem em tudo" está destruindo as relações interpessoais que vivemos em sociedade.
Normalmente, como belo sentimental e amante do processo de autoconhecimento que sou, escrevo um texto de aniversário no qual faço uma reflexão existencial. Mas, neste ano, diante dos meus 34 anos, eu deixaria esse costume de lado, deixaria porque tem tanta coisa acontecendo que nem sei direito como me expressar. Há tanto a se falar, mas não sei como organizar. Quando estou em meus momentos sombrios, penso coisas terríveis sobre mim mesmo e sobre o mundo. A força do meu emocional em me conduzir para zonas altamente turbulentas é implacável… quando me dou conta, já estou lá.
Durante muito tempo, imaginei que conseguiria atingir um estado de estabilidade emocional. Pensei que poderia ser uma pessoa mais contida, menos expressiva… pensei que houvesse algo de errado com o meu sentir. Comecei a cogitar que eu estivesse transferindo carência e buscando no externo algo que não tinha em mim e que, talvez, meu excesso de amorosidade viesse daí.
Hoje, me questiono: por que achei necessário buscar razões para ser como sou, se eu só era o que era e nem pensava em ser algo? Que voz é essa que buscou entravar a espontaneidade do meu eu? Por que eu não poderia amar e sentir ao meu modo?
Diante de todas essas dúvidas, a força maior que habita em mim não permitiu que eu bloqueasse a minha forma natural de ser, mas, para isso, houve um confronto existencial do meu ser, a sensação de desajuste foi latente; no entanto, como a boa teimosa que sou, insisti e entendi… Que o melhor que podemos ser é o que já somos… Se estabilidade é bloquear o que sou, prefiro o ônus de lidar com a fluidez do meu ser, tudo bem doer, o que não é admissível é eu travar o meu viver. Não quero estabilidade, quero verdade.
Sou grato por cada detalhe da minha existência, a jornada não é constituída ao todo por arco-íris e trombones… Mas em tudo há uma razão, sou satisfeito pela vida fazer de mim quem sou. Prometo a mim mesmo não parar, não importa os elementos que cruzem em meu caminho. Eu me manterei firme, seguirei leal à integridade do meu ser, pois este nunca me decepcionou. Faço do Universo meu guia!
Ultimamente tenho ido até as pessoas,para conversar com elas,sempre tomando a iniciativa em tudo,quando elas me perguntam:"Como você está?"Lhes digo" Isso é muito relativo,já até perdi o referencial que parametriza do que é está bem ou mal"O discernimento disso é essencial,mas em mim não existe uma dicotomia e antagonismo entre está totalmente bem ou absolutamente mal,não existe polarização,existe muitas nuancias,está tudo misturado,o está bem com está mal,chega a tal ponto que já não sei distingui-los,cheguei neste estágio.
Desde a infância, somos condicionados a buscar a aprovação externa, aprendendo a depender da validação alheia através das reações dos nossos pais. Essa busca constante por agradar, inclusive a estranhos, aprisiona-nos socialmente ao longo da vida. A ênfase na validação social e na imagem projetada resulta em indivíduos com desenvolvimento pessoal comprometido. Frequentemente, renunciamos aos nossos sonhos, desejos, por receio do julgamento externo, embora a consideração pela opinião alheia facilite as interações sociais e a inserções a grupos. Entretanto, a busca incessante pela aprovação alheia é prejudicial e desnecessária; a preocupação excessiva com a opinião dos outros consome energia mental e impede a realização pessoal plena. Em resumo, a maioria de nós demonstra uma preocupação excessiva com o julgamento alheio. Atribuímos uma importância exagerada à aprovação social e nutrimos um medo irracional e desproporcional da desaprovação, da crítica e da rejeição. Em vez de seguirmos um caminho alinhado com nossos talentos, aptidões e desejos, acabamos nos conformando com as expectativas dos outros, ou pelo menos com a aparência delas: o cargo que ocupamos, os bens materiais que possuímos, o saldo da nossa conta bancária, nossa aparência física, nossas escolhas de vestuário e o status das pessoas com quem nos relacionamos. Essas são as coisas que trazem a validação que muitos almejam. No instante em que permitimos que nossa felicidade dependa da validação externa, cedemos o controle sobre nosso estado emocional. Com essa perspectiva, sentimos euforia quando agradamos aos outros, mas, quando não o fazemos, ficamos tristes e irritados. Principalmente nos dias atuais, com a influência das redes sociais, muitas pessoas priorizam a aprovação alheia, buscando constantemente a atenção e o reforço positivo. Isso se torna, então, uma necessidade para a felicidade, dependendo inteiramente da opinião daqueles que se tenta impressionar.